Chanceleres de países que integram a OTAN reuniram-se nesta quarta-feira em Bruxelas para tratar sobre um possível plano de financiamento para a Ucrânia que prevê até 100 bilhões de dólares em apoio militar ao longo de cinco anos.
O esforço, conforme previamente noticiado pelo veículo Financial Times, faz parte de uma tentativa da aliança militar em minimizar os potenciais impactos de uma presidência de Donald Trump nas remessas à Kiev.
John Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, teria afirmado que o plano tem por objetivo "para blindar o mecanismo dos ventos de mudança política", segundo fontes próximas citadas pelo jornal.
Donald Trump, pré-candidato à presidência dos EUA que lidera as últimas pesquisas eleitorais em estados-chave, é muito crítico do financiamento militar à Kiev, defendendo uma plataforma que prioriza a aplicação da arrecadação fiscal em questões domésticas.
Bem como outros aliados, o filho do ex-presidente, Donald Trump Jr, afirmou que seu pai cortaria as remessas caso fosse eleito novamente. "Meu pai falaria tipo: ei, vocês tem, tipo, mais um mês disso aqui [apoio financeiro], e se vocês não se sentarem na mesa de negociação, acabou", disse em janeiro, durante participação em um podcast.
Na ocasião, Trump Jr. chegou a afirmar que o fim do apoio militar à Ucrânia seria a única maneira de acabar com o conflito do país contra a Rússia. "Estamos literalmente criando uma classe oligárquica de bilionários na Ucrânia, através daquilo que está sendo desviado", argumentou à época.