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Irã irá retaliar se Israel e EUA não forem punidos por ataques contra seu território, afirma oficial à RT

"Nossas mãos estão no gatilho, mas caso haja algum erro de cálculo por parte do regime assassino de crianças, desta vez não esperaremos que o inimigo dê o primeiro tiro", afirmou o oficial de segurança do país persa.
Irã irá retaliar se Israel e EUA não forem punidos por ataques contra seu território, afirma oficial à RTGettyimages.ru / Anadolu

Um oficial de segurança sênior do Irã afirmou, em entrevista concedida à RT nesta quarta-feira (16), que o país está pronto para agir caso Israel não seja punido e os Estados Unidos não compensem os ataques realizados a instalações nucleares iranianas.

Segundo ele, "se a compensação pelo ataque às instalações nucleares do Irã não for paga e o regime sionista não for punido", o país persa "está pronto para tomar medidas para restaurar sua dissuasão histórica contra esse regime".

Ao ser questionado sobre a retomada das negociações nucleares, a fonte afirmou que Teerã não considera um cessar-fogo permanente e que as conversas ainda são prematuras. "Os americanos estão buscando o início das negociações, mas o Irã... está em um estado de cessação temporária das hostilidades", afirmou.

Após os ataques, Teerã acusou Washington de abandonar o diálogo e optar pelo uso da força. Ainda segundo o oficial, "Nossas mãos estão no gatilho, mas caso haja algum erro de cálculo por parte do regime assassino de crianças, desta vez não esperaremos que o inimigo dê o primeiro tiro."

O representante acrescentou que os Estados Unidos deveriam conter "seus proxies" no Oriente Médio.

Uso pacífico 

Embora Washington exija o fim completo do enriquecimento de urânio, acusando sem fundamentos o Irã de tentar construir uma arma nuclear, o país persa sustenta que seu programa nuclear tem fins pacíficos, é legal e supervisionado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Atualmente, o país enriqueceu a 60% de pureza, bem acima do limite de 3,67% estipulado no acordo nuclear de 2015, abandonado pelos Estados Unidos no primeiro governo Trump.