Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, saiu em defesa do mercado brasileiro após o governo Trump abrir, na terça-feira, uma investigação comercial contra o país por supostas práticas prejudiciais.
''Não é a primeira vez que é feita uma abertura de investigação. Isso já foi feito, o Brasil respondeu e o assunto foi encerrado. Dessa vez, o Brasil vai explicar'', afirmou Alckmin, citado pelo jornal O Globo.
A investigação de Trump é baseada em uma lei americana de 1974, e abre caminho para a imposição de retaliações por meio de tarifas e outras medidas, contra qualquer país estrangeiro que adote práticas consideradas injustas e que prejudiquem o comércio dos Estados Unidos.
Além de criticar mecanismos anticorrupção, políticas de prevenção ao desmatamento e medidas de propriedade intelectual, Washington alega que o Pix favorece serviços públicos brasileiros em detrimento de empresas dos EUA. As críticas estão ligadas à perda de espaço de gigantes americanas como Visa e Mastercard, que dominam o mercado de cartões de crédito e débito.
''O desmatamento está em queda, nós temos a maior floresta tropical do mundo. O Brasil tem empenho em reduzir desmatamento e recompor a floresta — disse. — Pix é um modelo, um sucesso'', argumentou Alckmin.
Alckmin seguiu, nesta quarta, a série de articulações com setor produtivo e Congresso para coordenar a resposta à ameaça comercial do governo Trump.