O escritor americano Stephen King, crítico proeminente do presidente Donald Trump, gerou controvérsia nas redes sociais após uma publicação em que ele parecia negar a existência da lista de supostos clientes de Jeffrey Epstein, informou o Times Now.
"A lista de clientes de Epstein é tão real quanto a Fada dos Dentes e o Papai Noel", escreveu ele em sua página no X, provocando descontentamento e reações mistas de seus seguidores.
A publicação foi interpretada como uma tentativa de King de tomar o partido de Trump diante da relutância do próprio presidente em abordar a questão no momento enquanto outros especularam que ele poderia estar escondendo algo. Enquanto isso, alguns usuários interpretaram a publicação como uma crítica ao uso político da suposta lista.
"Uau, atingi um ponto sensível com essa 'postagem' do Epstein. A 'lista' é como OVNIs: todo mundo conhece alguém que já viu um", acrescentou King em outra mensagem, reagindo à onda de críticas.
O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson, declarou na terça-feira (15) que é "a favor da transparência" no caso Jeffrey Epstein e quer que a procuradora-geral, Pam Bondi, "explique a todos" o que ela tinha em sua mesa quando falou em fevereiro sobre documentos relacionados ao caso que muitos acreditam envolver uma misteriosa lista de clientes do empresário, que foi acusado de tráfico de crianças e abuso sexual antes de ser encontrado morto em sua cela de prisão em 2019.
"É uma questão muito delicada, mas temos que colocá-la à vista do público e deixar que as pessoas decidam. Quero dizer, a Casa Branca e a equipe da Casa Branca sabem de fatos dos quais eu desconheço", afirmou o congressista republicano em entrevista ao comentarista político de direita Benny Johnson.
Os comentários do congressista ocorrem em meio a tensões entre os apoiadores de Trump, muitos dos quais estão pedindo para que o governo divulgue todos os registros relacionados aos crimes de Epstein, já que o presidente prometeu divulgar os principais documentos do caso no início de seu segundo mandato. No entanto, as divulgações iniciais incluíam apenas informações que já eram conhecidas do público.
- Jeffrey Epstein foi encontrado morto em 10 de agosto de 2019 em sua cela no Metropolitan Correctional Center em Manhattan, Nova York, onde aguardava julgamento por acusações federais de tráfico sexual de crianças.
- A morte de Epstein ocorreu apenas um dia após a divulgação de documentos judiciais que incriminam uma série de pessoas poderosas por cumplicidade, incluindo o príncipe Andrew do Reino Unido, o investidor bilionário Glenn Dubin, o ex-governador do Novo México Bill Richardson e outras figuras políticas e indivíduos de destaque.
Em fevereiro deste ano, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou um pacote de materiais relacionados ao caso, incluindo imagens de mulheres nuas, mesas de massagem e brinquedos sexuais.
Vários membros do Congresso continuam pedindo à Procuradora Geral dos EUA, Pamela Bondi, para que libere imediatamente o dossiê do empresário em sua totalidade e diga ao Congresso se o Presidente Trump interveio ou não no processo de divulgação de informações.
Trump afirmou na terça-feira que Bondi "fez um trabalho muito bom" ao lidar com o caso. O presidente acrescentou que os arquivos foram "inventados" pelo ex-diretor do FBI, James Comey, e pelos ex-presidentes democratas Barack Obama e Joe Biden.