O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil, revolucionou as transações financeiras, reduzindo custos e aumentando a inclusão digital.
Sua adoção massiva diminuiu a dependência de cartões de crédito e débito, setores dominados por empresas americanas como Visa e Mastercard. Essa mudança ameaça o monopólio dessas companhias, que perdem espaço no mercado brasileiro.
Na terça-feira (15), o governo Trump, via Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês), iniciou uma investigação sob a Seção 301, alegando, entre outras coisas, que o Pix favorece serviços públicos brasileiros em detrimento de empresas dos EUA.
Apoio a Bolsonaro
Além do aspecto econômico, a investigação tem motivações políticas, com Trump apoiando Jair Bolsonaro, que enfrenta processos judiciais no Brasil.
A ofensiva contra o Pix, um símbolo de popularidade, é tida como uma interferência direta nos assuntos brasileiros. O governo Lula planeja negociar e, se necessário, recorrer à OMC para defender o sistema.
A popularidade do Pix entre os brasileiros torna a pressão norte-americana arriscada, podendo gerar reações contra os interesses dos EUA no Brasil. Analistas sugerem que a investigação é mais uma tática de pressão diplomática do que uma crítica fundamentada.