
PGR pede condenação de Jair Bolsonaro ao STF por participação em trama golpista

Em suas considerações finais apresentadas ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (14), Paulo Gonet, procurador-geral da República, defendeu a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, Bolsonaro é culpado pelos cinco crimes pelos quais responde no processo sobre tentativa de golpe de Estado.
Ao todo, a manifestação possui 517 páginas. Nela, Gonet conclui que Bolsonaro não só tinha conhecimento do plano golpista, como liderou suas movimentações.
Segundo o documento, ''o grupo, liderado por Jair Messias Bolsonaro e composto por figuras-chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, desenvolveu e implementou plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas'', buscando desestabilizar os poderes e impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomasse posse.

A tentativa não se concretizou ''pela fidelidade do Exército'', aponta o parecer, ressaltando, no entanto, que alguns de seus integrantes foram ''desvirtuados'' e passaram a participar dos esquemas.
Gonet também pediu a condenação dos demais integrantes do ''núcleo crucial do golpe''. São eles: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa e Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.
- Bolsonaro é acusado de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
- A imprensa brasileira destaca que Gonet utilizou todo o prazo concedido pelo ministro Alexandre de Moraes, em 27 de junho, para apresentar seu parecer, que expirou hoje.
