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Governo reúne indústria e agro para discutir resposta às tarifas dos EUA

Primeiras encontros estão agendados para esta terça-feira (15); Medida norte-americana impõe tarifa de 50% sobre exportações brasileiras a partir de agosto.
Governo reúne indústria e agro para discutir resposta às tarifas dos EUAAndressa Anholete/Getty Images

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, anunciou nesta segunda-feira (14) que o Governo Federal dará início, nesta terça-feira (15), a uma rodada de reuniões com representantes da indústria e do agronegócio para discutir os impactos e possíveis respostas ao aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras, conforme publicado pela Agência Brasil.

A primeira reunião está agendada para as 10h, e reunirá setores industriais que possuem maior relação de comércio exterior com os EUA. Estão incluídas empresas de aviação, aço, alumínio, celulose, máquinas, calçados, autopeças, entre outros. Também devem participar entidades setoriais e, em alguns casos, as próprias empresas.

O segundo encontro está agendado às 14h, com empresas do agronegócio, incluindo setores que exportam suco de laranja, carnes, frutas, mel, couro e pescado.

A decisão norte-americana, anunciada por Donald Trump, prevê uma tarifa de 50% sobre todos os produtos do Brasil a partir de 1º de agosto. Os encontros integram os trabalhos do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, e devem avaliar as consequências econômicas e eventuais contramedidas.

O comitê contará com a participação do MDIC, da Casa Civil, do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Fazenda, e será utilizado para definir estratégias sobre a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica.

A proposta do governo é ouvir os empresários, medir os impactos e avaliar alternativas legais, como a aplicação de medidas recíprocas. Também haverá reuniões com empresas americanas instaladas no Brasil e entidades de comércio bilateral.

Alckmin afirmou que, até o momento, nenhuma proposta de prorrogação de prazo ou de alíquota alternativa foi encaminhada aos EUA. Ele também disse não ver problema no encontro previsto entre o governador Tarcísio de Freitas e representantes da diplomacia norte-americana para tratar do tema.

ENTENDA O AUMENTO DAS TENSÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E EUA EM NOSSO ARTIGO.