
Jornalista desafia ex-premiê de Israel a esclarecer 'ligação' entre Epstein e o governo do país

O ex-primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, declarou nesta segunda-feira (14) que as suspeitas de que Jeffrey Epstein atuava em nome do governo israelense são "totalmente falsas" e classificou como "mentira" as declarações do jornalista Tucker Carlson. Em resposta, Carlson desafiou Bennett a conceder uma entrevista pública sobre o caso.
Em publicação nas redes sociais, Bennett afirmou: "Como ex-primeiro-ministro israelense, com o Mossad me reportando diretamente, posso garantir com 100% de certeza que a acusação de que Jeffrey Epstein operava uma rede de chantagem a serviço de Israel ou do Mossad é categórica e completamente falsa". Segundo ele, "essa acusação é uma mentira difundida online por personalidades como Tucker Carlson, que fingem saber coisas que não sabem".
O jornalista norte-americano respondeu afirmando que, em vez de se limitar a "ameaças nas redes sociais", Bennett deveria aceitar o convite para uma conversa racional. "Vamos entrar em contato com seu gabinete ainda nesta manhã", escreveu Carlson.

O jornalista também reiterou suas suspeitas de que Epstein estaria ligado ao governo israelense. "É extremamente óbvio para qualquer um que olhe que esse sujeito tinha ligação com um governo estrangeiro, e ninguém pode dizer que esse governo era Israel, porque fomos condicionados a pensar que não era", afirmou.
Em 2024, uma das vítimas de Epstein entrou com ação na Justiça dos EUA alegando que o financista havia se gabado de ser agente do Mossad. Segundo o processo, ele e sua companheira, Ghislaine Maxwell, insinuaram essa ligação, mencionando ainda Robert Maxwell, pai dela, como também agente israelense.
Outro nome israelense ligado ao caso é o de Ehud Barak, ex-premiê do país, que se encontrou com Epstein cerca de 30 vezes entre 2013 e 2017, em propriedades na Flórida e em Nova York.
- Jeffrey Epstein morreu na prisão em 2019. O FBI e o Departamento de Justiça norte-americano investigaram o caso e concluíram que não havia provas de homicídio, apesar de persistirem dúvidas sobre as circunstâncias da morte.
- O nome de Epstein esteve envolvido em diversas teorias relacionadas a figuras influentes do meio político e empresarial.

