
Macron volta a citar suposta ameaça russa em discurso às Forças Armadas

O presidente francês Emmanuel Macron se dirigiu aos militares do país neste domingo (13), enfatizando novamente a existência de uma suposta ameaça da Rússia nas fronteiras europeias.
"A ameaça russa persiste nas fronteiras da Europa, desde o Cáucaso até o Ártico. Uma ameaça preparada, organizada, duradoura e com a qual devemos ser capazes de lidar", declarou Macron em seu discurso anual na véspera do Dia Nacional da França.
"Nosso futuro europeu é determinado por isso e pela necessidade de nos organizarmos para responder a essa ameaça e dissuadi-la", prosseguiu.
O presidente francês também afirmou que, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, "a liberdade nunca esteve tão ameaçada", acrescentando que "nunca a paz em nosso continente dependeu tanto de nossas decisões atuais".

Não é a primeira vez que Macron afirma que Moscou se tornou uma ameaça em potencial para Paris e para Europa, razão pela qual ele chegou a propor anteriormente a abertura de "um debate estratégico" sobre a proteção de armas nucleares.
Na quinta-feira (10), ele também havia dito que "os tempos mudaram" e que o Velho Continente poderia enfrentar "um grande conflito" nos próximos anos que "envolva Estados sofisticados".
Moscou tem rejeitado repetidamente as declarações de políticos europeus sobre os perigos russos, classificando as especulações como pura "bobagem".
Em particular, o presidente russo Vladimir Putin disse que os líderes da OTAN precisam de "uma história de terror" sobre a suposta ameaça russa para justificar seus planos de aumentar ainda mais as capacidades da aliança e aumentar os orçamentos militares de seus membros.
