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Moscou: "Rastros do ataque ao Crocus levam a serviços especiais ucranianos"

O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, enfatizou que Kiev recorre a métodos terroristas porque está sofrendo fracassos no campo de batalha.
Moscou: "Rastros do ataque ao Crocus levam a serviços especiais ucranianos"Gettyimages.ru / Vlad Karkov/SOPA Images/LightRocket

Os rastros do ataque terrorista de 22 de março à sala de concertos Crocus City Hall, nos arredores de Moscou, levam aos serviços especiais do regime de Kiev, que por sua vez é controlado por Washington, declarou nesta quarta-feira o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev.

Patrushev enfatizou que, embora o Ocidente esteja tentando convencer o mundo inteiro de que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI)*, e não a Ucrânia, está por trás do ataque, é muito mais importante estabelecer rapidamente quem o ordenou.

"É muito mais importante estabelecer rapidamente quem é o instigador e patrocinador desse crime hediondo. Seus ratros levam aos serviços especiais ucranianos. No entanto, o mundo inteiro sabe que o regime de Kiev não é independente e é totalmente controlado pelos EUA. Também é preciso ter em mente que o EI, a Al-Qaeda* e outras organizações terroristas foram criadas por Washington", ressaltou.

Além disso, lembrou que "os criminosos que cometeram esse assassinato em massa, bem como seus cúmplices", foram presos na província russa de Bryansk quando tentavam fugir para a Ucrânia, que havia preparado uma "janela" para que eles cruzassem a fronteira do estado.

Todos os envolvidos "receberão a punição que merecem"

Patrushev garantiu que todos os envolvidos no ataque seriam punidos. "Quero assegurar-lhes que todos os organizadores e patrocinadores do ataque terrorista à sala de concertos Crocus City Hall, onde quer que estejam, receberão a punição que merecem", afirmou.

De acordo com o secretário, devido aos fracassos da Ucrânia e de seus aliados ocidentais no campo de batalha, eles recorrem a métodos terroristas. "Em condições em que o exército ucraniano e a OTAN não podem mais fazer nada no campo de batalha, o inimigo está cada vez mais recorrendo a métodos terroristas por impotência", ele.

Advertências dos EUA

Referindo-se também às advertências dos EUA no início de março sobre possíveis ataques a grandes aglomerações de pessoas na capital russa, Patrushev observou que elas foram emitidas no mesmo dia em que os terroristas visitaram a sala de concertos para "avaliar a situação no local".

O secretário ainda chamou de "indicativo" o fato de que, imediatamente após os primeiros relatos do ataque, os países ocidentais começaram a "promover ativamente" que o regime de Kiev não estava envolvido.

* Reconhecido na Rússia como um grupo terrorista