Eduardo Bolsonaro pediu que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplique sanções contra o ministro Alexandre de Moraes e afirmou que o Brasil vive sob um "regime totalitário".
Em vídeo publicado e republicado diversas vezes neste sábado (12) nas redes sociais, o deputado federal licenciado, que está nos Estados Unidos, disse ser alvo de perseguição política e solicitou também o apoio do senador Marco Rubio.
O parlamentar pediu a aplicação da Lei Magnitsky — dispositivo norte-americano que permite sanções contra pessoas acusadas de violações de direitos humanos e corrupção — contra autoridades brasileiras, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Ao solicitar sua aplicação, Eduardo argumenta que Moraes e outros não são "juízes comuns", mas "criminosos que só respeitam o poder".
Eduardo relacionou as recentes tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil com uma suposta escalada repressiva contra a oposição. "Como é possível responder a tarifas com prisão?", questionou. Segundo ele, a tentativa de prendê-lo tem como objetivo impedir a participação de sua família na eleição do próximo ano.
A fala do deputado licenciado faz referência ao pedido de prisão por supostos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, protocolado na última sexta-feira (11) pelo líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, Lindbergh Farias (RJ).
"Eles querem uma eleição sem oposição real. É o caminho para permanecer no poder para sempre, como faz Nicolás Maduro na Venezuela", disse o deputado, desconsiderando que o mandatário venezuelano foi eleito em três processos eleitorais.
Ele também afirmou que foi forçado a viver em exílio após um pedido de apreensão de seu passaporte e agora enfrenta uma nova tentativa de prisão. "Fiz um compromisso com Deus, de que estaria disposto a abdicar de tudo para me insurgir contra essa nefasta tirania", disse.
A publicação veio acompanhada de um texto nas redes sociais em tom dramático, com citações de autores como William Shakespeare, G.K. Chesterton e Thomas Jefferson. No texto, Eduardo classificou o Brasil como um "Estado de Exceção" e declarou que está disposto a "ir até o fim" na luta contra o que chamou de "regime totalitário".
"O único acordo possível é a libertação de todos os presos políticos, o fim das perseguições e a remoção de Alexandre de Moraes", afirmou.
No vídeo, Eduardo acusa diretamente o Partido dos Trabalhadores de liderar uma ofensiva política com apoio do Judiciário. "O mesmo grupo, liderado pelo líder do Partido dos Trabalhadores, o mesmo partido do atual presidente Lula da Silva, está repetindo os mesmos movimentos", disse.
Segundo Eduardo, a perseguição contra ele se estende a outros membros da família. "Meu irmão Carlos, meu outro irmão Renan, meu pai Jair Bolsonaro… quase toda a minha família está enfrentando julgamentos injustos", disse. Ele pediu ao Congresso norte-americano que reconheça as denúncias e adote medidas concretas.
"O Brasil não pode mais ser considerado uma democracia", afirmou. "Trump estava certo em sua carta quando chamou o Brasil de regime".
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