Von der Leyen responde ao ataque tarifário de Trump

A presidente da Comissão Europeia disse que a imposição de tarifas de 30% sobre as exportações da UE "interromperia as cadeias de suprimentos transatlânticas essenciais".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, respondeu, neste sábado (12), ao anúncio do governo Trump de impor tarifas de 30% sobre as exportações da UE para os EUA a partir de 1º de agosto.

"A imposição de tarifas de 30% sobre as exportações da UE interromperia cadeias de suprimentos transatlânticas essenciais, em detrimento de empresas, consumidores e pacientes de ambos os lados do Atlântico", disse ela.

Segundo o governo norte-americano, a alíquota de 30% é "muito menor do que o necessário para eliminar a disparidade no déficit comercial" entre os EUA e o bloco. A carta sustenta que a medida se deve às barreiras tarifárias e não tarifárias impostas pela UE, além do déficit comercial, que representa, segundo o governo, "uma grande ameaça" à economia e à segurança nacional dos EUA.

No dia anterior, Von der Leyen já havia rejeitado as acusações de Trump de que a UE adota políticas comerciais duras, afirmando que "poucas economias no mundo se equiparam ao nível de abertura da União Europeia e sua adesão a práticas comerciais justas".

Ela ainda ressaltou que "a UE sempre deu prioridade a uma solução negociada com os EUA, refletindo nosso compromisso com o diálogo, a estabilidade e uma parceria transatlântica construtiva", assegurando que o bloco segue disposto a trabalhar por um acordo comercial com Washington antes de 1º de agosto. 

Von der Leyen acrescentou que a UE "tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar seus interesses, incluindo a adoção de contramedidas proporcionais, se necessário". E concluiu: "Enquanto isso, continuamos a aprofundar nossas parcerias globais, firmemente ancoradas nos princípios do comércio internacional baseado em regras". 


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