China reinventa estratégia: compras de minas no exterior disparam em meio a restrições ocidentais

Empresas chinesas aumentaram significativamente a aquisição de minas no exterior em 2024 para garantir o acesso a matérias-primas estratégicas, em meio a restrições impostas por países ocidentais, informou o jornal Financial Times.

Segundo o jornal, dez acordos acima de US$ 100 milhões foram fechados no ano passado — maior número desde 2013 — com base em dados da S&P e da Mergermarket.

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"O aumento das negociações reflete, em parte, os esforços da China para se antecipar à deterioração do clima geopolítico, que a está tornando cada vez menos bem-vinda como investidora em países importantes como o Canadá e os EUA", apontou o jornal, citando analistas e investidores.

Entre as principais aquisições estão minas de ouro no Cazaquistão, em Gana e na Costa do Marfim, uma mina de cobre na Zâmbia, outra de cobre e ouro no Brasil e metade de um projeto de terras raras na Tanzânia.

A China é líder global no refino de minerais de terras raras, com 90% da capacidade de processamento mundial, além de deter as maiores reservas conhecidas desses insumos.