Cidadão húngaro morre espancado por se recusar a lutar pelo regime de Kiev

Um homem de 45 anos, que também possuía cidadania húngara, morreu devido ao espancamento por recrutadores ucranianos ao se recusar a ir para o front de batalha, segundo relatos da família.
József Sebestyén foi levado à força em 11 de junho, em frente a um café na cidade de Berehove, na região da Transcarpátia, e conduzido em uma van até um centro de recrutamento.
De acordo com a irmã da vítima, ele foi agredido com barras de ferro, sofrendo ferimentos que resultaram em sua morte três semanas depois.
Mesmo após o espancamento, Sebestyén foi enviado a um campo de treinamento, onde chegou a desmaiar. A irmã divulgou um vídeo em que ele aparece fardado, rastejando no chão. No registro, pessoas se aproximam dele e, rindo, dizem: "o lagarto rasteja".
"Ultrajante e inaceitável"
A morte causou forte reação entre membros da minoria húngara na região e também no governo da Hungria.
O primeiro-ministro Viktor Orbán enviou condolências à família, enquanto o vice-chanceler Levente Magyar informou que o embaixador da Ucrânia em Budapeste será convocado para prestar esclarecimentos.
"É ultrajante e inaceitável espancar alguém até a morte, especialmente um húngaro, só porque ele não queria participar de um assassinato sem sentido", escreveu o diplomata nas redes sociais.
