
Trump: OTAN pagará pelas armas dos EUA enviadas à Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em entrevista à NBC News nesta quinta-feira (10) que a OTAN reembolsará integralmente o custo das armas fornecidas pelos EUA à Ucrânia.
"Estamos enviando armas para a OTAN, e a OTAN está pagando 100% por elas", declarou Trump. Segundo ele, o acordo foi firmado em junho, durante uma cúpula da aliança militar. "As armas saem dos Estados Unidos para a OTAN, que depois as repassa à Ucrânia. Mas quem paga por tudo é a OTAN", reforçou.

"Enviamos armas para a OTAN, e a OTAN reembolsará o custo total dessas armas", reafirmou, sem especificar se estava se referindo à iniciativa recentemente proposta de que alguns membros do bloco poderiam comprar armas fabricadas nos Estados Unidos em nome de Kiev, para que Washington não tivesse que arcar com o custo.
Trump também disse estar "decepcionado" com a Rússia no contexto do conflito ucraniano. "Mas veremos o que acontece nas próximas semanas. […] Acho que farei uma declaração significativa sobre a Rússia na segunda-feira", acrescentou , sem dar mais detalhes.
Retomada dos envios de armas
Na terça-feira, o presidente dos EUA confirmou que Washington continuará fornecendo armas defensivas a Kiev. O anúncio foi feito dias após o secretário de Defesa, Pete Hegseth, ter ordenado uma pausa para avaliar o estoque de armas do Pentágono.
"Estamos enviando algumas armas defensivas para a Ucrânia. E eu aprovei", disse o líder norte-americano, especificando que sua decisão foi motivada ao alto número de baixas entre os combatentes ucranianos.
Rússia se pronuncia
Enquanto isso, Moscou afirmou anteriormente que não tinha "informações definitivas" sobre se os embarques de armas dos EUA para a Ucrânia haviam sido encerrados ou apenas interrompidos, já que "havia inúmeras declarações contraditórias" sobre o assunto.
"Está claro que os envios continuam, até onde sabemos. Está claro que os europeus também estão fornecendo armas ativamente à Ucrânia, e está claro que essas ações não fazem parte dos esforços para promover uma solução pacífica ", declarou o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov.
Ele enfatizou que a linha adotada pelos países europeus em relação à crise ucraniana "visa absolutamente contribuir, de todas as formas, para a continuação dos combates".

