Flávio Bolsonaro defende 'anistia ampla' como primeiro passo para encerrar tarifas de Trump

Em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira (10), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o projeto de "anistia" às pessoas investigadas pelos atos de 8 de janeiro deve ser o "primeiro passo" para que o presidente Donald Trump reconsidere encerrar a taxação sobre produtos brasileiros.

Segundo ele, supostas "pressões" exercidas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fundamentam a medida do presidente norte-americano.

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"A partir do momento que não houver ameaça por parte dos ministros do Supremo, está resolvido o assunto", afirmou o senador, acrescentando que a proposta enfrenta resistência no Congresso devido a advertências do STF de que a medida seria considerada "inconstitucional".

Para ele, o Judiciário está acuando os parlamentares e dando "suporte para Moraes bagunçar nossa democracia".

O senador alegou que a situação interna brasileira não está normal e apontou o que considera "perseguição política" e "ativismo judicial" como fatores de instabilidade.

Clemência à Trump

Flávio afirmou que o Brasil "não está em condições de exigir nada" ao governo dos EUA, devendo assumir uma posição "responsável" e evitar um posicionamento combativo. O senador chegou a fazer uma analogia com o uso da bomba atômica contra o Japão: "Cabe a nós termos a responsabilidade de evitar que caíam duas bombas atômicas aqui no Brasil para depois anunciarmos que vamos fazer anistia (...)".

Flávio também comentou a presença de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, dizendo que ele está no país "no papel de informaras autoridades americanas o que está acontecendo no Brasil".

Ao ser questionado sobre a possibilidade de a família Bolsonaro interceder junto ao governo norte-americano após o anúncio de tarifas sobre exportações brasileiras, o senador afirmou que a decisão de Trump "não é uma questão comercial e sim política".

Ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por tentar associar a taxação ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O senador afirmou que o que lhe preocupa são as "bravatas" de Lula para culpar Bolsonaro por uma medida tomada pelos Estados Unidos.

• Flávio classificou a resposta anunciada pelo governo brasileiro, com base na Lei de Reciprocidade Econômica, como prejudicial à população. "Vai ser um tiro de bazuca no povo brasileiro", afirmou.
• Qualquer tarifa imposta pelo Brasil será respondida com novas taxações por parte dos Estados Unidos, informou Trump.

ENTENDA O AUMENTO DAS TENSÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E EUA EM NOSSO ARTIGO.