
Empresas americanas driblam sanções com rotas secretas para obter minerais 'críticos' da China

As empresas americanas estão contornando a proibição de exportação da China, redirecionando remessas de minerais essenciais por meio de outros países, de acordo com um relatório da Reuters publicado na quarta-feira (9).
Pequim proibiu as exportações de antimônio, gálio e germânio para os EUA em dezembro, retaliando a repressão de Washington ao setor de chips da China em meio a um conflito comercial mais amplo entre as duas superpotências.

A proibição provocou interrupções significativas nos principais setores da economia dos EUA, incluindo tecnologia, defesa e energia renovável, que dependem muito desses recursos.
Para manter o acesso, os compradores dos EUA recorreram a rotas de transbordo através de países como Tailândia e México. A Reuters citou dados alfandegários que mostram um aumento nas importações de óxido de antimônio de ambas as nações entre dezembro e abril - volumes que excederam o total combinado dos três anos anteriores.
Os registros de exportação chineses mostram que a Tailândia e o México estavam entre os três principais destinos das remessas de antimônio da China em 2025 - apesar de nenhum deles estar entre os 10 principais em 2023, o último ano completo antes da proibição.
Fontes do setor corroboraram as descobertas da Reuters. Dois executivos de empresas norte-americanas confirmaram que obtiveram com sucesso minerais restritos originários da China comprando por meio de intermediários nos últimos meses.
