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"Acontece na guerra": Netanyahu admite que ataque "não intencional" em Israel matou trabalhadores humanitários em Gaza
Primeiro-ministro israelense comentou sobre a morte de sete trabalhadores humanitários da organização sem fins lucrativos World Central Kitchen, após um ataque das IDF na Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu nesta terça-feira que suas forças armadas mataram "involuntariamente" sete trabalhadores humanitários estrangeiros após um ataque aéreo israelense perto de um armazém em Deir al-Balah na noite passada, dizendo que foi um incidente "trágico".
"Infelizmente, no último dia houve um caso trágico em que nossas forças atingiram involuntariamente pessoas inocentes na Faixa de Gaza. Isso acontece na guerra e nós vamos investigar o caso até o fim", declarou.
Nesse sentido, Netanyahu prometeu que farão tudo o que puderem "para garantir que isso não aconteça novamente".
A organização sem fins lucrativos World Central Kitchen (WCK), fundada pelo famoso chef hispano-americano José Andrés, confirmou a morte de sete de seus membros após um ataque das Forças de Defesa de Israel (FDI) na Faixa de Gaza. O comboio humanitário "foi atingido quando deixava o armazém em Deir al Balah, onde a equipe havia descarregado mais de 100 toneladas de ajuda alimentar humanitária trazida para Gaza por via marítima".
Os mortos eram cidadãos da Austrália, Polônia, Reino Unido, Palestina e um deles tinha dupla cidadania, norte-americana e canadense. O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, disse que Camberra "espera que os responsáveis pelas mortes dos trabalhadores humanitários sejam responsabilizados, o que é completamente inaceitável".
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adrienne Watson, pediu a Israel que "investigue prontamente" a morte do pessoal da WCK. Por sua vez, a IDF disse que está "conduzindo um exame aprofundado no mais alto nível para entender o que aconteceu e como aconteceu". Enquanto isso, a WCK suspendeu as operações na área.
