
Moscou responde a plano dos EUA de impor sanções 'muito duras'

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Riabkov, respondeu nesta quinta-feira (10) às ameaças dos EUA de impor um novo pacote de sanções "muito duras" contra Moscou, observando que tais advertências se tornaram "comuns" em seu país.

"Há, eu diria, tentativas de impor sanções em Washington que não podem ser ignoradas", afirmou o funcionário em entrevista coletiva. "Mas, em geral, as ameaças de novas sanções já se tornaram o normal para nós", acrescentou, observando que a Rússia "sabe como resistir a sanções".
"Acreditamos que, em um contexto em que mais de 30 mil medidas restritivas foram adotadas contra a Rússia, o hipotético surgimento de algum novo elemento [...] exigirá, naturalmente, análise e consideração adicionais, mas não mudará fundamentalmente o quadro", declarou.
Riabkov explicou que, nos últimos anos, foram desenvolvidas ferramentas eficazes que permitem que "certas necessidades sejam amplamente atendidas por meio da substituição de importações". "O crescimento de muitas de nossas indústrias se deve justamente a isso", detalhou.
Ele afirmou ainda que o governo Trump "é muito contraditório em suas ações e declarações", razão pela qual não está facilitando o trabalho de normalização das relações bilaterais.
Um projeto de lei de sanções "muito severo"
Trump afirmou anteriormente que está considerando a introdução de novas sanções contra Moscou. "Os senadores estão aprovando um projeto de lei de sanções muito severo. Estou considerando", explicou o presidente após ser questionado sobre se deseja que o Congresso dos EUA aprove a iniciativa e se estaria disposto a assiná-la.
A iniciativa republicana prevê:
- Impor tarifas de 500% aos parceiros comerciais de Moscou que não prestarem assistência à Ucrânia e a bens exportados para os EUA por países que compram petróleo, derivados, gás natural e urânio russos.
- Proibir americanos de participarem de transações de compra de títulos da dívida da Rússia.

