
EUA retomam envio de armas à Ucrânia - AP

O governo dos Estados Unidos voltou a enviar parte das armas destinadas à Ucrânia, uma semana após a suspensão temporária ordenada pelo Departamento de Defesa. Entre os itens liberados, estão munições de artilharia de 155 mm e foguetes guiados GMLRS, segundo autoridades ouvidas pela Associated Press.

A paralisação havia sido determinada pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, com o objetivo de avaliar os estoques de armamento dos EUA. A decisão surpreendeu tanto a Casa Branca quanto aliados e legisladores norte-americanos, afetando o envio de equipamentos como mísseis Patriot, mísseis Hellfire e munições para Howitzers.
Na segunda-feira (7), o presidente Donald Trump declarou que o país continuaria fornecendo armas "defensivas" à Ucrânia, mas evitou responder diretamente sobre quem teria ordenado a pausa. "Eu saberei se uma decisão for tomada. Provavelmente serei o primeiro a saber. Na verdade, muito provavelmente serei eu quem dará a ordem, mas ainda não fiz isso", afirmou.
Questionado anteriormente sobre a origem da decisão, Trump respondeu: "Eu não sei. Por que você não me diz?".
Segundo três fontes próximas à AP, Trump demonstrou insatisfação com a forma como a suspensão foi anunciada, alegando falta de coordenação entre o Pentágono e a Casa Branca.
O Departamento de Defesa, por sua vez, negou que a medida tenha sido tomada sem o conhecimento do presidente. "O secretário Hegseth forneceu uma estrutura para o Presidente avaliar os envios e analisar os estoques existentes. Esse esforço foi coordenado entre os órgãos do governo", declarou a pasta.
Desde de fevereiro de 2022, os EUA já forneceram mais de 3 milhões de munições de 155 mm à Ucrânia. O total de ajuda militar e de armamentos enviado pelos EUA à Ucrânia já ultrapassa os US$ 67 bilhões.
