Petro: 'Governos como o meu têm o dever de enfrentar Israel'

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que governos como o seu "têm o dever de enfrentar Israel", ao comentar os ataques em Gaza.
Em artigo publicado nesta terça-feira (8) no jornal britânico The Guardian, o líder colombiano também pediu ações globais para conter a escalada do conflito e criticou a postura dos presidentes Donald Trump e Benjamin Netanyahu.
Petro anunciou que Bogotá será sede de uma conferência de emergência no próximo dia 15 de julho, organizada em conjunto com a África do Sul. O objetivo, segundo ele, é discutir medidas legais, diplomáticas e econômicas que interrompam a devastação na Faixa de Gaza e reafirmem o princípio de que nenhum Estado está acima da lei.
"O momento exige coragem" declarou o presidente, ao convocar ministros de todo o mundo. O convite, segundo Petro, é "aberto e urgente", em resposta à crise humanitária enfrentada pelo território palestino.
No artigo, ele defendeu a transição da orientação retórica para ações concretas. "Ao rompermos nossos laços de cumplicidade nos tribunais, portos e fábricas de nossos Estados, podemos desafiar a visão de Donald Trump e [Benjamin] Netanyahu de um mundo onde 'a força é a razão'", escreveu.
Entre as ações já adotadas pela Colômbia, Petro citou a suspensão das exportações de carvão para Israel. Além disso, informou que o país deixará de usar as caças israelenses Kfir, atualizando-os por aviões Saab 39 Gripen, fabricados na Suécia.
