Netanyahu é investigado na Espanha por crimes de guerra

Um ativista espanhol acionou a Justiça por ação de comando israelense contra barco humanitário com destino a Gaza.

A Justiça da Espanha abriu nesta terça-feira (8) um processo contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra relacionados ao ataque ao navio humanitário Madleen, que seguia rumo à Faixa de Gaza. A informação foi divulgada por veículos da imprensa espanholal.

O juiz Antonio Piña, da Audiencia Nacional, determinou que a promotoria pública avalie se o tribunal tem jurisdição para analisar a denúncia apresentada contra Netanyahu e outros militares israelenses.

A queixa foi registrada em 3 de julho pelo ativista espanhol Sergio Toribio. Ele acusa o premiê e os oficiais de envolvimento no ataque ao navio Madleen, da flotilha Freedom Flotilla, em 1º de junho, enquanto a embarcação navegava em águas internacionais em direção a Gaza.

Segundo o documento, a ação foi conduzida pela unidade de elite Shayetet 13, que interceptou o barco usando drones, armas de fogo e gás lacrimogêneo contra os tripulantes.

A denúncia também relata que os 12 ativistas a bordo — entre eles Toribio, a sueca Greta Thunberg e a candidata espanhola Rima Hassan — foram detidos arbitrariamente, interrogados e depois deportados.

O texto sustenta que as detenções foram ilegais e violaram direitos fundamentais dos envolvidos. A defesa pede que a Justiça espanhola conduza a investigação com base no princípio da jurisdição universal, argumentando que o caso representa grave violação do direito humanitário internacional e se insere em um contexto de genocídio contínuo contra civis palestinos.