
Descoberto novo e incrível benefício de ter cães e gatos

Além de serem uma ótima companhia, os animais de estimação podem ser um fator de redução do declínio da memória ao longo do tempo, de acordo com um novo estudo publicado na revista Scientific Reports.
O estudo, liderado por Adriana Rostekova, do Departamento de Psicologia da Universidade de Genebra, usou dados da Pesquisa de Saúde, Envelhecimento e Aposentadoria na Europa (SHARE, sigla em inglês) para examinar a relação entre o declínio cognitivo e a posse de animais de estimação em pessoas com 50 anos ou mais em um período de 18 anos (2004-2022).

Os especialistas se concentraram no papel específico da posse de cães, gatos, pássaros e peixes, e descobriram "diferenças significativas entre as espécies". Enquanto que o convívio com aves ou peixes não apresentou impacto significativo na função cognitiva (provavelmente devido à menor interação física e social com o animal de estimação), os donos de cães e gatos "apresentaram declínios mais lentos em vários domínios cognitivos": "Os donos de cachorros na memória imediata e episódica, e os donos de gatos na fluência verbal e memória episódica", observa o estudo.
Diversos estudos associaram a posse de animais de estimação a uma variedade de benefícios para a saúde física e mental, como o aumento da atividade física e redução da solidão, que são conhecidos por estarem associados a um risco reduzido e a taxas mais lentas de declínio cognitivo.
Os autores sugerem que é possível que o convívio específico com cães e gatos proporcione uma "estimulação cognitiva exclusiva" e contribua para a preservação de algumas funções cerebrais à medida que envelhecemos. Por exemplo, a posse de cães promove redes de apoio social com outras pessoas por meio de interações mais frequentes com outros donos de cachorros durante as caminhadas.
Além disso, tanto cães quanto gatos podem atuar como "fontes adicionais de apoio emocional ou até mesmo substituir uma rede social". "Os animais de estimação poderiam potencialmente atuar como parte da reserva relacional de uma pessoa, que poderia então interagir com as reservas cognitivas e, assim, contribuir para retardar o declínio cognitivo", enfatiza o estudo.
