
Essa pode ser a razão da incontinência e da disfunção erétil

Embora problemas no assoalho pélvico sejam frequentemente associados às mulheres, especialistas explicaram ao Daily Mail que esses distúrbios também afetam os homens e podem ter impacto direto no desempenho sexual.
O assoalho pélvico masculino é formado por músculos que sustentam órgãos como bexiga, intestino e próstata, e têm papel essencial em funções como a continência urinária e a saúde sexual.
Quando esses músculos estão enfraquecidos ou excessivamente tensionados, podem causar prejuízos à qualidade de vida e à autoestima.
Consequências
Para o urologista David Shusterman, da clínica Modern Urologist, em Nova York, trata-se de "um problema de qualidade de vida, não de quantidade de vida".
Um dos principais efeitos da disfunção do assoalho pélvico em homens é a incontinência urinária, que provoca escapes involuntários de urina e sensação frequente de urgência.
Também é comum a ocorrência de dor crônica no períneo, nos testículos, no pênis ou no reto — quadro que pode dificultar tarefas básicas como sentar-se ou manter relações sexuais.

Segundo a fisiatra Leia Rispoli, do DISC Sports & Spine Center, na Califórnia, a falta de tratamento pode agravar o quadro e gerar consequências psicológicas graves, com impacto na vida social e profissional do paciente.
Outro problema relacionado é a disfunção erétil, já que o assoalho pélvico é responsável pelo controle da ereção e da ejaculação. Muitos homens também relatam dor durante o sexo, o que pode levá-los a evitar a intimidade e comprometer os relacionamentos. A ausência de informação e o constrangimento em buscar ajuda contribuem para a piora do quadro e alimentam um ciclo de dor e frustração.
Sinais e tratamento
Especialistas recomendam atenção a sintomas como dor na região pélvica, dificuldade para urinar, constipação frequente ou problemas sexuais. Como a disfunção do assoalho pélvico pode se confundir com outras doenças, é necessário descartar previamente outras causas.
O tratamento é focado principalmente em fisioterapia especializada e exercícios de fortalecimento muscular, com menor ênfase no uso de medicamentos.
Para os médicos, ampliar o debate sobre o tema é essencial para que mais homens busquem ajuda e consigam recuperar a qualidade de vida.
