O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, rechaçou fortemente a atuação israelense na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (7), afirmando que o país "só matam inocentes, mulheres e crianças".
"Vamos ser francos: o que está acontecendo em Gaza já passou da capacidade de compreensão de qualquer mortal no planeta Terra", disparou o presidente, criticando a denominação dos ataques de Tel Aviv como uma "guerra contra o Hamas".
Lula ainda apontou a ineficiência de instituições multilaterais globais para pôr um fim ao que já classificou como "genocídio" no enclave palestino. "A ONU deveria estar coordenando, não pode porque está envolvida nisso", declarou, mencionando os interesses de países europeus e dos EUA que compõem o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Para o mandatário, uma solução para promover a "interlocução" e tornar a governança global mais representativa seria a ampliação do Conselho de Segurança, com países da África, Oriente Médio e América Latina.
"Qual é a explicação de uma Índia não estar no Conselho de Segurança da ONU? De um país como Brasil? Ou o México? Ou a Nigéria, que tem 240 milhões de habitantes?", questionou, mencionando outros países como Etiópia, Egito e África do Sul.
Para o presidente, tal fato se dá devido à resistência dos países vencedores da Segunda Guerra Mundial, que "não querem sair" de uma posição privilegiada no Conselho de Segurança nem "deixar que os outros entrem".