Trump perde confiança na sua capacidade de resolver o conflito ucraniano

O Presidente norte-americano enfatizou que a questão continua sendo uma prioridade para ele.

O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou dúvidas sobre sua capacidade de resolver o conflito na Ucrânia, em contraste com suas declarações no início de seu mandato, quando afirmou que encerraria o conflito em poucas horas, segundo informou o Politico nesta segunda-feira (7).

"Não sei. Não posso dizer se isso vai acontecer", declarou o presidente a repórteres a bordo do Air Force One na sexta-feira (4), quando questionado se ainda acreditava que conseguiria encerrar o conflito. Ele enfatizou que essa questão continua sendo uma prioridade. "Gostaria que isso acontecesse", acrescentou.

No domingo (6), Trump reiterou que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia nunca teria eclodido se estivesse na Casa Branca na época, chamando a situação de "um problema de Biden" que agora está "tentando resolver".

Ele também enfatizou que continua a "ajudar muito" Kiev, apesar de seus constantes apelos por negociações de paz.

O presidente respondeu após ser questionado por um repórter sobre por que seu governo não oferece à Ucrânia o mesmo nível de apoio militar destinado a Israel.

A pergunta fazia referência ao recente bloqueio de alguns carregamentos de armas prometidos a Kiev durante a gestão Biden, entre eles projéteis de artilharia, mísseis de defesa aérea e munições de precisão.

Segundo Washington, a suspensão temporária se deve a uma reavaliação dos estoques militares americanos, motivada por preocupações de que o envio contínuo de armamentos ao exterior possa comprometer a capacidade de defesa das próprias Forças Armadas dos Estados Unidos.

Durante sua campanha eleitoral, o presidente afirmou repetidamente que encerraria o conflito na Ucrânia em suas primeiras 24 horas no cargo. No entanto, no final de junho, após mais de cinco meses no poder, ele alegou que sua promessa havia sido "sarcástica" e argumentou que a situação "é mais difícil do que as pessoas imaginam".

Ele também reconheceu que "teve alguns problemas" com o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky.