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Justiça dos EUA e FBI descartam assassinato e 'lista de clientes' de Epstein - Axios

Justiça dos EUA e FBI descartam assassinato e 'lista de clientes' de Epstein - AxiosGettyimages.ru / Patrick McMullan

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos e o FBI concluíram que não há evidências de que o financista falecido Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de menores para os homens mais influentes e ricos do mundo, tenha chantageado figuras poderosas, mantido uma 'lista de clientes' ou tenha sido assassinado. As informações foram publicadas pela agência Axios, citando um memorando oficial, neste domingo (6).

Para sustentar essa conclusão, as autoridades divulgaram dois vídeos que comprovariam que ninguém entrou na área de prisão em Manhattan onde Epstein estava detido na noite em que morreu, em 2019.

As imagens reforçam a conclusão da médica legista, segundo a qual Epstein cometeu suicídio, informa o memorando, citado pelo veículo.

Os investigadores não encontraram "nenhuma lista incriminatória de clientes" do financista, "nenhuma prova crível (...) de que Epstein tenha chantageado pessoas influentes" e nenhuma "evidência que justificasse uma investigação contra terceiros não acusados", acrescenta o documento.

Ligação com Donald Trump

No mês passado, o bilionário Elon Musk associou o presidente Donald Trump ao caso de Jeffrey Epstein em uma publicação na rede X. No entanto, apagou o post pouco depois. O caso gerou uma dura troca de acusações entre os dois.

Após assumir a presidência, Trump prometeu divulgar documentos relacionados ao caso Epstein. No entanto, os primeiros arquivos liberados foram criticados por não trazerem nada além do que já era público.

Ao longo dos anos, Trump foi fotografado diversas vezes ao lado de Epstein. Em 2002, chegou a chamá-lo de ''cara fantástico'', tendo afirmado: ''Ele é muito divertido. Dizem até que gosta de mulheres bonitas tanto quanto eu, e muitas delas são bem jovens. Não há dúvida de que Jeffrey aproveitava sua vida social''.

Quem foi Jeffrey Epstein?

Jeffrey Epstein foi encontrado morto em 10 de agosto de 2019 em sua cela no Centro Correcional Metropolitano de Manhattan, em Nova York, onde aguardava julgamento por acusações federais de tráfico sexual de menores.

A morte de Epstein ocorreu apenas um dia após a divulgação de documentos judiciais que implicavam como cúmplices várias pessoas influentes, incluindo o príncipe britânico Andrew, o bilionário investidor Glenn Dubin, o ex-governador do Novo México Bill Richardson e outras figuras políticas e de alto perfil.

Em fevereiro deste ano, o Departamento de Justiça dos EUA tornou públicos materiais relacionados ao caso, incluindo provas importantes como imagens de mulheres nuas, macas de massagem e brinquedos sexuais.