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Arce à RT: 'Declinei minha candidatura' para facilitar unidade do movimento popular

Presidente boliviano reafirma apelo à união em meio a divisões no Movimento ao Socialismo.
Arce à RT: 'Declinei minha candidatura' para facilitar unidade do movimento popularRT

Em entrevista à RT durante a cúpula dos BRICS neste domingo (6), o presidente da Bolívia, Luis Arce, abordou as eleições presidenciais afirmando que busca a unidade das forças populares, em meio às fricções com o ex-presidente Evo Morales, que fragmentaram o Movimento ao Socialismo (MAS).

O chefe de Estado boliviano declarou que o governo nacional continua fazendo apelos à união do movimento popular. "Está em risco, não apenas o nosso processo revolucionário na Bolívia, mas também a economia e a soberania sobre nossos recursos naturais", advertiu.

Arce também alertou para os riscos de uma fragmentação interna que favoreça setores conservadores. "Uma direita que a única coisa que quer é novamente entregar nossos recursos naturais, entregar ao imperialismo. Quem ganharia com uma Bolívia fragmentada? A direita", afirmou, enfatizando que a divisão entre as forças do MAS pode abrir caminho para uma retomada do poder pelos setores opositores.

O pleito ocorrerá em 17 de agosto, quando os bolivianos irão às urnas para escolher o presidente e o vice-presidente, além dos 36 senadores e dos 130 deputados que comporão o Legislativo no período de 2025 a 2030.

O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia divulgou a lista com todos os candidatos habilitados. Entre os concorrentes à Presidência que permanecem na disputa estão:

  • Andrónico Rodríguez (Aliança Popular)

  • Max Jhonny Fernández (Aliança Força do Povo)

  • Manfred Reyes (Autonomia para Bolívia-Súmate)

  • Jorge 'Tuto' Quiroga (Aliança Liberdade e Democracia)

  • Mónica Copa (Movimento Renovação Nacional)

  • Rodrigo Paz Pereira (Partido Democrata Cristão)

  • Carlos Eduardo del Castillo (Movimento ao Socialismo)

  • Samuel Doria (Aliança Unidade)

De acordo com a legislação eleitoral boliviana, para que o cargo de presidente seja definido em primeiro turno, o candidato precisa obter mais de 50% dos votos. Caso isso não ocorra, os dois mais votados disputarão o segundo turno, previsto para outubro.