Lula reforça necessidade de reformas no Conselho de Segurança da ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu neste domingo (6) a primeira sessão plenária do BRICS no Rio de Janeiro. 

Em discurso, o presidente destacou a necessidade de efetuar reformas no Conselho de Segurança da ONU. 

Lula declarou que as reuniões do Conselho de Segurança da ONU, longe de ser um espaço eficaz para a resolução de conflitos, caíram em uma rotina previsível, resultando em "perda de credibilidade" e, muitas vezes, em paralisia na tomada de decisões. 

"Ultimamente [o Conselho] sequer é consultado antes do início de ações bélicas", ressaltou.

Antigas táticas retóricas, continuou, são "recicladas para justificar intervenções ilegais", minando ainda mais a confiança em órgãos internacionais cruciais para a paz, como a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA).

Essa instrumentalização, de acordo com Lula, põe em risco a reputação da AIEA, cuja missão é vital para evitar desastres nucleares.

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"Catástrofe nuclear voltou ao cotidiano"

A ameaça de catástrofe atômica "voltou ao cotidiano", alimentada pela violação sistemática da integridade territorial dos Estados, minando os esforços globais contra a proliferação nuclear, aletou o petista. 

"As violações recorrentes da integridade territorial dos Estados, em detrimento de soluções negociadas, solapam os esforços de não-proliferação de armas atômicas", reclamou durante o discurso.

Para Lula, o fracasso das missões no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e na Síria deixa claro que, sem base sólida no direito internacional, é provável que esses erros se repitam, com consequências ainda mais devastadoras.