O Rio de Janeiro está sendo o centro da diplomacia do Sul Global neste fim de semana, com o início da cúpula dos BRICS neste domingo (6), em meio ao aumento das tensões internacionais após ataques recentes dos Estados Unidos e de Israel contra o Irã.
A República Islâmica, que ingressou no grupo em 2024, busca apoio político dos demais integrantes.
Realizado no Museu de Arte Moderna (MAM), o encontro é apontado como o principal evento do BRICS em 2025. Participam chefes de Estado, ministros, assessores dos países-membros e delegações convidadas.
O objetivo da cúpula é consolidar uma posição comum do Sul Global em temas estratégicos como governança tecnológica, saúde, financiamento climático e reforma do sistema multilateral.
O grupo, originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ampliou sua composição nos últimos anos.
Além do Irã, passaram a integrar o grupo países como Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. Também participam como parceiros Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai participar da Cúpula por videoconferência. A Rússia é representada pelo chanceler russo Sergey Lavrov.
Entre os principais temas estão a proposta de uma aliança de saúde voltada ao combate de doenças relacionadas à pobreza e à exclusão, a construção de um modelo de governança global para a inteligência artificial que seja ética e acessível, além de uma nova estratégia de financiamento climático alinhada às demandas dos países em desenvolvimento.
Outro foco é a defesa de uma reforma profunda nas estruturas multilaterais, com o objetivo de garantir maior representatividade do Sul Global na governança internacional.
O presidente da China, Xi Jinping, não comparecereu à cúpula do BRICS pela primeira vez na história. O presidente é representado pelo primeiro-ministro Li Qiang.
O presidente do Irã, cujo país se tornou membro pleno do grupo em janeiro do ano passado, também está ausente na Cúpula. O país é representado pelo ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi.
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