O governo israelense ocultou que mísseis disparados pelo Irã atingiram instalações militares importantes durante o recente conflito de 12 dias, segundo informou o jornal britânico The Telegraph no sábado (6), com base em dados de radar.
As informações foram repassadas ao jornal por pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon, que utilizam radar de satélite para rastrear danos causados por bombas.
Os dados indicam que seis mísseis iranianos atingiram cinco alvos militares no norte, sul e centro de Israel, incluindo uma base aérea estratégica, um centro de inteligência e uma instalação logística. A extensão dos danos não foi detalhada.
Segundo o The Telegraph, a divulgação das informações foi barrada por censura militar. Questionadas sobre o assunto, as Forças de Defesa de Israel não comentaram o conteúdo do relatório e disseram apenas que “todas as unidades relevantes mantiveram a continuidade funcional durante toda a operação”.
A análise mencionada pelo jornal aponta que, apesar da maioria dos disparos ter sido interceptada por sistemas antimísseis de Israel e dos Estados Unidos, cerca de 16% conseguiram atingir seus alvos no sétimo dia da guerra.
O jornal atribui o aumento da taxa de impacto a três possíveis fatores: economia de munições por parte de Israel, melhorias táticas do Irã ou uso de armamentos mais avançados, difíceis de interceptar.
Relembre o conflito
O confronto teve início em 13 de junho, após ataques aéreos de Israel contra instalações nucleares iranianas, bases militares e comandantes de alto escalão do Irã. Em resposta, Teerã lançou uma série de retaliações.
Os Estados Unidos entraram no conflito com o envio de bombardeiros pesados contra alvos nucleares iranianos. Após um cessar-fogo, tanto Israel quanto o Irã declararam vitória.
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