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Câmara Brasil-BRICS mira expansão comercial e aposta em setores estratégicos

Luhan Soriano Vaz afirma que novo escritório da Câmara Brasil-BRICS será inaugurado em São Paulo em 2026.
Câmara Brasil-BRICS mira expansão comercial e aposta em setores estratégicosRT

O Fórum Empresarial do BRICS+, realizado no Brasil nesta semana, foi marcado por uma movimentação estratégica para ampliar a atuação comercial entre os países do grupo.

À frente dessa articulação, o presidente da Câmara de Comércio Brasil-BRICS, Luhan Soriano Vaz, destacou, em entrevista exclusiva à RT Brasil, a importância do evento como um passo concreto para a valorização dos empresários e a ampliação dos negócios bilaterais.

"Precisamos fazer mais negócios entre os países do BRICS e valorizar mais o empresário", afirmou Luhan, que também é presidente do BRICS+ Business Institute na França e conselheiro honorário do Capítulo Francês da Câmara de Comércio Internacional do BRICS.

O evento contou com a presença de empresários de diferentes setores, em busca de parcerias e oportunidades de investimento. De acordo com Luhan, a proposta central é oferecer estrutura para que empresas brasileiras encontrem caminhos mais acessíveis para atuar em mercados considerados estratégicos, como Índia, Arábia Saudita e Irã.

"Temos muitos negócios para fazer, muita colaboração por vir. O BRICS não é contra ninguém. É uma aliança forte".

Entre os setores destacados por Luhan com maior potencial de crescimento dentro do bloco estão a indústria, a cultura, o esporte, as novas energias e a inteligência artificial. "Falamos pouco da inteligência artificial aqui, mas é um grande assunto", observou.

Luhan também anunciou a abertura de um novo escritório da Câmara de Comércio Brasil-BRICS em São Paulo, prevista para janeiro de 2026. Segundo ele, a iniciativa tem como objetivo ampliar as conexões entre empresários dos países membros. "Meu trabalho será valorizar os empresários, criar conexões entre esses países. E várias empresas querem entrar nesse ecossistema". 

Para ele, o papel da Câmara é justamente facilitar a entrada em mercados complexos. "Tem alguns países que são muito difíceis de chegar, por exemplo a Índia, a Arábia Saudita e o Irã. Nosso trabalho é ajudar as empresas a chegarem lá e fortalecer essas relações". 

Entre os setores com os quais já trabalha diretamente, Luhan citou tecnologias emergentes, novas fontes de energia e parcerias esportivas. "Tenho muitos projetos na área do esporte e de colaboração esportiva". 

Ao ser questionado sobre as expectativas para os próximos dias de fórum, o presidente da Câmara foi direto: "Vai dar certo mesmo, porque todas as promessas que nós fizemos, nós iremos concretizar. Gosto de coisas mais práticas. É preciso visitar os países, fazer encontros e construir colaboração real. Precisa ser mais humano", finalizou. 

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