Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (o banco dos BRICS), destacou a importância da instituição durante um evento dedicado ao banco nesta sexta-feira (4), no Rio de Janeiro.
Ela explicou que o banco foi criado, há dez anos, para garantir que o Sul Global ''deixaria de ser um receptor passivo de modelos de crescimento a ele impostos, para tornar-se um ativo arquiteto de seu próprio futuro''.
Diferentemente de instituições como o Fundo Monetário Internacional ou o Banco Mundial, que condicionam a concessão de empréstimos à adoção de princípios econômicos de austeridade e "boa governança" definidos por autoridades ocidentais, o NDB não impõe grandes condicionalidades em seus projetos, garantindo que os países mantenham sua soberania.
"É por isso que o Novo Banco de Desenvolvimento é importante. É por isso que nossa missão continua não apenas relevante, mas essencial", destacou Dilma.
A economista destacou que o cenário internacional atual é marcado por grandes desafios, como sanções unilaterais e restrições financeiras, utilizadas pelas grandes potências para pressionar outros países a adotarem uma posição de subordinação.
"Tal cenário exige mais — e não menos — cooperação. E exige instituições que reflitam as realidades e aspirações do mundo de hoje", prosseguiu, destacando a importância de pautas como a emergência climática e a revolução digital.
Postulando financiamentos em moedas locais, swaps bilaterais e mecanismos que garantam a solidez dos países membros diante de volatilidade externa como objetivos cruciais, projetou uma ''década de ouro para instituição''.
"Juntos — com visão, coragem e determinação — continuaremos a construir um futuro melhor para os nossos países, os nossos povos e as gerações futuras. Muito obrigada", concluiu.