Colômbia convoca embaixador nos EUA em meio à escândalo de golpe envolvendo americanos

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nesta quinta-feira (3) o retorno de seu embaixador em Washington, Daniel García Peña, para "consultas" diplomáticas. A medida foi adotada em resposta à convocação do chargé d'affaires da embaixada dos Estados Unidos em Bogotá, John T. McNamara, pelo governo americano.

Segundo Petro, o embaixador colombiano deverá prestar esclarecimentos sobre o andamento da agenda bilateral entre os dois países, que inclui temas como descarbonização, combate ao narcotráfico, migração e integração energética. A declaração foi publicada pelo presidente em sua conta no X, na mesma data em que também foi confirmada a saída da chanceler Laura Sarabia de seu governo.

Plano de golpe

A crise diplomática ocorreu após declarações do presidente colombiano, que pediu ao Departamento de Justiça dos EUA que investigue um suposto plano de golpe contra seu governo. Segundo gravações divulgadas pelo jornal El País, o ex-ministro das Relações Exteriores da Colômbia Álvaro Leyva teria buscado apoio de parlamentares republicanos, como Mario Díaz-Balart e Carlos Giménez, para articular sua saída da presidência.

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"Há um golpe em flagrante delito e ele deve ser investigado, e o Departamento de Justiça dos EUA deve ser chamado para investigar", declarou Petro na rede social.

Reposta norte-americana

Em resposta às declarações, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que "está tomando medidas adicionais" diante do que classificou como "declarações infundadas e repreensíveis dos mais altos níveis de governo" colombiano.

Ainda assim, a diplomacia americana reforçou que a Colômbia continua sendo "um parceiro estratégico essencial".