
Mercenário brasileiro tem a perna amputada lutando por Kiev
O brasileiro Rafael Paixão, de 26 anos, continua hospitalizado na Ucrânia após ter a perna esquerda amputada ao pisar em uma mina terrestre durante uma missão militar. Segundo a família, ele ainda não conseguiu retornar ao Brasil por falta de apoio para o processo de repatriação, informou o G1 nesta quinta-feira (3).
Natural de Imperatriz, no Maranhão, Rafael se alistou como mercenário nas forças ucranianas em 2024. Ele foi atingido por uma mina do tipo borboleta e precisou se arrastar por cerca de nove quilômetros até receber socorro.
A mãe do combatente, Neila Paixão, conta que ele foi influenciado por colegas que conheceu na Holanda e, por isso, acabou aceitando se voluntariar para a missão na Ucrânia.

Após ficar mais de 20 dias sem contato com a família, Rafael conseguiu fazer uma ligação do hospital, informando sobre o ocorrido. Neila relatou que o filho passou por cirurgia e está em condição estável.
Atualmente, Rafael encontra-se internado em um hospital militar na base de guerra em Kiev.
Retorno ao Brasil
Segundo a mãe, o soldado já desejava retornar ao Brasil antes mesmo do incidente. Ela afirma que o objetivo inicial do combatente era "ficar de três a dez dias nessa missão e voltar".
A família segue buscando apoio para viabilizar a repatriação de Rafael Paixão, que ainda enfrenta pendências burocráticas, como a regularização de documentos e a liberação oficial da base militar.
Neila Paixão afirma ter procurado o Itamaraty assim que soube da situação do filho, mas, até o momento, não houve ações concretas por parte das autoridades. Ela diz ter sido informada sobre a possibilidade de auxílio do governo brasileiro, mas ainda aguarda orientações mais claras.
