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Governo Milei nega relatos de cortes no financiamento de pensões nas províncias

A Casa Rosada esclareceu que a auditoria está sendo realizada e, depois disso, "os valores correspondentes" serão pagos às províncias.
Governo Milei nega relatos de cortes no financiamento de pensões nas provínciasAP / Natacha Pisarenko

O Gabinete do Presidente da Argentina, Javier Mielei, qualificou como "falsas" as informações sobre a eliminação, por parte do Governo, da dotação orçamentária para transferências aos fundos de pensão provinciais da Administração Nacional de Seguridade Social (ANSES).

"Uma vez concluído o processo de auditoria que está sendo realizado através da ANSES, o Estado Nacional pagará os valores correspondentes às províncias que não transferiram seus sistemas de pensões para a nação", anunciou a Casa Rosada em um comunicado no sábado.

A Presidência enfatizou que "é um compromisso do atual governo ordenar e equilibrar as contas públicas, tornar os gastos transparentes e garantir que os recursos disponíveis sejam direcionados para aqueles que mais precisam deles", afirmando que "o sistema previdenciário argentino requer urgentemente uma reforma abrangente que lhe dê sustentabilidade e previsibilidade".

Javier Milei também "espera que essa questão possa ser abordada em vista do Pacto de Maio", a ser realizado na província de Córdoba em 25 de maio.

O Governo central também atacou a imprensa que noticiou a eliminação do orçamento para pensões nas províncias. "Em tempos de crise como a que herdamos, e no âmbito de um esforço heroico que a sociedade argentina está fazendo para avançar, é essencial que a mídia seja devidamente informada ou verifique as informações antes de publicar 'furos' falsos que possam alertar e/ou angustiar a população", disse a declaração.

Neste sábado, o governador da província de Chubut, Ignacio Torres, lembrou que a legislação argentina "obriga o Estado nacional a cobrir o déficit" dos fundos que não foram transferidos para a nação e afirmou que recorrerá aos tribunais se o saldo correspondente não chegar a eles. Ao mesmo tempo, ele considerou o corte na transferência de fundos de pensão para as províncias como "mais um erro do que uma provocação".