
EUA confirmam suspensão de ajuda militar a Kiev: 'América primeiro'

Os Estados Unidos interromperam o envio de diversos tipos de armamentos à Ucrânia, confirmou o embaixador norte-americano na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Matthew Whitaker, em entrevista à Fox Business na quarta-feira (2).
A medida faz parte da política "America First", que prioriza o abastecimento interno das Forças Armadas dos EUA.

De acordo com Whitaker, "temos que primeiro cuidar das necessidades dos Estados Unidos". Ele declarou que o país precisa "garantir que tenha as capacidades de defesa estratégica necessárias para projetar poder", reforçando que essa também é uma expectativa dos aliados da OTAN.
Anteriormente, a imprensa norte-americana informou que o Pentágono suspendeu remessas de equipamentos como interceptores Patriot, mísseis Stinger e AIM, sistemas Hellfire e GMLRS, além de milhares de projéteis de artilharia de 155mm.
A decisão teria sido tomada após uma revisão interna dos estoques de armas dos EUA, solicitada pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth. "Temos que garantir que temos mísseis Patriot suficientes, defesa aérea suficiente e tudo o que precisamos para assegurar nosso próprio sucesso no campo de batalha", declarou Whitaker.
Os armamentos haviam sido financiados durante o governo de Joe Biden, tanto por meio de retiradas diretas dos estoques militares norte-americanos, quanto por contratos do programa Ukraine Security Assistance Initiative (USAI), que prevê produção sob demanda. A atual gestão de Donald Trump não encomendou novos pacotes de ajuda militar para Kiev.
Durante encontro com o líder ucraniano Vladimir Zelensky na cúpula da OTAN, ocorrido na última semana, Trump não fez promessas específicas de apoio. Ele já havia manifestado dúvidas sobre a continuidade do auxílio militar "ilimitado" à Ucrânia.
