Notícias

Macron estaria travando negociações por alegações sobre sua esposa ser trans

Comentários de Candace Owens sobre a primeira-dama francesa teriam provocado pressão diplomática direta.
Macron estaria travando negociações por alegações sobre sua esposa ser transJakub Porzycki/NurPhoto /Gettyimages.ru

A ativista e comentarista americana Candace Owens revelou nesta semana, em um episódio de seu podcast, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que ela parasse de falar sobre Brigitte Macron, esposa do presidente francês Emmanuel Macron. O pedido teria vindo após Owens publicar uma investigação no programa, na qual alegava que Brigitte seria transgênero*.

Quatro dias depois do episódio, Owens soube por uma amiga que alguém "de alto escalão" na Casa Branca pediu, "como um favor", que ela interrompesse o assunto. Ao recusar, foi informada de que Macron estaria atrasando negociações para encerrar o conflito na Ucrânia enquanto as críticas continuassem.

Trump teria telefonado para Owens explicando que, após um encontro com Macron na Casa Branca, o presidente francês pediu pessoalmente que o norte-americano insistisse para que a ativista cessasse os comentários sobre sua esposa.

"Estamos muito perto de fechar isso [um acordo entre Rússia e Ucrânia]. Macron tem sido muito bom comigo, muito fácil de trabalhar. Ele só me pediu para parar logo com isso", afirmou Trump. "Ela é uma mulher mais velha, isso a está afetando demais. Eu a vi de perto, e ela me parece uma mulher. Jantei com ela no topo da Torre Eiffel, e ela me pareceu uma mulher", completou.

Owens acusou Macron de atrelar negociações internacionais ao controle das críticas à sua esposa, o que, segundo ela, demonstra "falta de moralidade". A comentarista ainda afirmou que Macron "não tem qualificação para ser presidente" e que deve ser "removido" do cargo político.

A ativista reiterou a veracidade de suas descobertas e afirmou que o pedido de Macron a Trump comprova as alegações:

 "Uma mentira não faz você voar nove horas até os EUA para pedir ao presidente um momento fora das câmeras para falar sobre sua esposa", concluiu.

*O movimento LGBT internacional é classificado como uma organização extremista na Rússia e proibido no país.