
Rio anuncia plano para se tornar capital nacional da inteligência artificial em cinco anos

A cidade do Rio de Janeiro lançou oficialmente nesta terça-feira (1) o projeto Rio AI City, iniciativa que visa transformar a capital fluminense no principal polo de inteligência artificial do país até 2030, divulgou a Agência Brasil. A proposta foi apresentada durante o seminário Governança e Estratégias Públicas em Inteligência Artificial, realizado na sede do BNDES.
O plano envolve a criação de um grande hub de data centers no Parque Olímpico, no bairro da Barra Olímpica, com capacidade energética inicial de 1,8 gigawatts (GW) até 2028. A expectativa é que esse número chegue a 3 GW até 2032.

"Vamos construir as condições a partir dessas iniciativas do governo federal, para que a cidade se consolide como uma espécie de capital da inteligência artificial brasileira", declarou o prefeito Eduardo Paes a jornalistas. "Estamos falando de coisas dos próximos cinco anos", completou.
Entre os signatários do memorando de intenções estão o BNDES, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Finep e a Eletrobras. Segundo o BNDES, desde 2023 já foram investidos R$ 1 bilhão no setor de IA, com expectativa da criação de um fundo privado injetando aproximadamente R$ 5 bilhões.
Vantagens cariocas
Segundo Eduardo Paes, o Rio possui vantagens estratégicas para se tornar referência em tecnologia, como a presença de cabos submarinos de conexão internacional, centros de pesquisa de excelência como o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e infraestrutura urbana disponível. Além disso, a cidade oferece incentivos fiscais, como a alíquota reduzida de ISS para empresas de tecnologia.
O projeto prevê ainda o uso de energia limpa nos data centers, com fornecimento da Eletrobras, e pode impulsionar a geração de empregos e a atração de investimentos privados para a capital fluminense.
