Moscou: Os autores do ataque no Crocus queriam "receber uma remuneração" de Kiev

De acordo com o Comitê de Investigação russo, os réus disseram que suas ações foram coordenadas por um homem que usava mensagens de voz através Telegram.

Os autores do ataque terrorista de 22 de março à sala de concertos Crocus City Hall, nos arredores de Moscou, queriam chegar a Kiev e "receber uma remuneração", revelou o Comitê de Investigação russo nesta sexta-feira.

"De acordo com as instruções do coordenador, após cometer o crime, os terroristas dirigiram para a fronteira russo-ucraniana com objetivo de cruzá-la, chegar a Kiev e receber a recompensa prometida", segundo o comunicado.

Segundo a instituição, durante os interrogatórios, os acusados disseram que suas ações foram coordenadas por um homem que se apresentou com um pseudônimo e usava  mensagens de voz através de Telegram "tanto durante a fase preparatória quanto após o ataque armado".

O comitê afirmou que "continua a realizar um conjunto de ações investigativas e medidas operacionais para verificar o envolvimento de representantes dos serviços especiais ucranianos na organização e no financiamento do ato terrorista".

Previamente nesta sexta-feira, o Tribunal Basmanny de Moscou ordenou prender até 22 de maio o nono suspeito do atentado.

Quatro pessoas vestidas com roupas de camuflagem e armadas com rifles invadiram a sala de concertos Crocus City Hall em de 22 de março, onde abriram fogo contra os presentes. Os terroristas também usaram um líquido inflamável para incendiar o local. O ataque deixou pelo menos 144 mortos e mais de 380 feridos.