Hackers supostamente ligados ao Irã ameaçaram divulgar e-mails de pessoas do círculo íntimo do presidente dos EUA, Donald Trump. A informação foi comunicada à Reuters no domingo (29) e segunda-feira (30) pelos próprios hackers, que se identificam usando o pseudônimo "Robert".
Сerca de 100 gigabytes de informações que eles alegam possuir foram extraídos de e-mails da chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, da advogada de Trump, Lindsey Halligan, do assessor presidencial, Roger Stone, e da atriz pornô, Stormy Daniels, de quem Trump supostamente tentou comprar seu silêncio.
Segundo a mídia, os hackers cogitam vender o material, embora ainda não tenham fornecido detalhes sobre o conteúdo das correspondências por e-mail.
Resposta do governo americano
Em declaração conjunta, a Casa Branca e o FBI alertaram que "os indivíduos associados a quaisquer violações de segurança nacional serão investigados e processados em toda a extensão da lei".
A Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura dos EUA disse em comunicado que o suposto "ataque" cibernético é "nada mais do que propaganda digital" e "uma campanha calculada para desacreditar funcionários públicos honrados" do país. "Esses criminosos serão encontrados e levados à justiça. Que isso sirva de alerta para todos os outros: não haverá refúgio seguro, tolerância ou leniência para tais ações", afirmam.
- Em maio, autoridades federais dos EUA relataram que hackers tentaram se passar por Wiles. Segundo a reportagem, alguns contatos da chefe de gabinete foram comprometidos, permitindo que hackers contatassem republicanos proeminentes, altos executivos corporativos e outras figuras, se passando por ela.
- Também no início deste ano, hackers se infiltraram e acessaram arquivos de computador não confidenciais pertencentes à então Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.