Rússia encerra acordo nuclear com novo integrante da OTAN

O governo russo determinou o fim de um acordo de compartilhamento de informações com a Suécia sobre acidentes e instalações nucleares, após a adesão de Estocolmo à OTAN no ano passado, segundo a revista parlamentar. O documento foi assinado recentemente pelo primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin.

Firmado entre a União Soviética e a Suécia em 1988 e em vigor desde abril daquele ano, o acordo decorreu da convenção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre notificação antecipada de acidentes nucleares, de 1986, na qual os países membros se comprometeram a informar mutuamente sobre acidentes que pudessem ter impacto além de suas fronteiras.

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Cientistas da usina nuclear sueca de Forsmark foram dos primeiros no Ocidente a detectar aumento nos níveis de radiação em 28 de abril de 1986, dois dias após o acidente na usina de Chernobyl, na Ucrânia.

A Suécia ingressou na OTAN em março de 2024, rompendo com sua política histórica de neutralidade. Desde fevereiro de 2022, o país destinou cerca de US$ 10 bilhões em ajuda militar e de outras naturezas a Kiev, além de anunciar um amplo programa de rearmamento nacional.

Ao comentar a decisão sueca, a embaixada da Rússia afirmou, ainda em 2024, que Moscou adotaria "respostas políticas e técnico-militares para combater as ameaças à sua segurança nacional".