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'Conduta criminosa': Cuba reage ao endurecimento das políticas de Trump contra a ilha

O presidente norte-americano reiterou que sua administração apoia o embargo imposto à nação caribenha há mais de seis décadas e se opõe à sua suspensão.
'Conduta criminosa': Cuba reage ao endurecimento das políticas de Trump contra a ilhaJoe Raedle/Getty Images

O governo de Cuba classificou como "conduta criminosa" o endurecimento das políticas dos Estados Unidos contra a ilha, anunciado nesta segunda-feira (30), e afirmou que a medida representa uma violação dos direitos humanos "de toda uma nação".

"O memorando presidencial contra Cuba, divulgado hoje pelo governo dos EUA, reforça a agressão e o bloqueio econômico que castiga todo o povo cubano e é o principal obstáculo ao nosso desenvolvimento. É uma conduta criminosa e violadora dos direitos humanos de toda uma nação", escreveu no X o chanceler cubano, Bruno Rodríguez Parrilla.

O vice-ministro das Relações Exteriores, Carlos de Cossio, também criticou a medida e afirmou que "para justificar o novo memorando presidencial que reforça a agressão contra Cuba, o governo dos EUA teve de recorrer, como sempre, à calúnia e à mentira", com o objetivo de "destruir a capacidade econômica e as fontes de sustento" da população cubana.

Retorno da 'linha dura'

Anteriormente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas medidas coercitivas contra Cuba.

Entre elas, está a proibição de "transações financeiras diretas ou indiretas controladas pelas Forças Armadas cubanas" e por outras entidades, com exceção daquelas que "promovam a política dos Estados Unidos ou apoiem o povo cubano", segundo um memorando da Casa Branca.

O documento afirma ainda que o objetivo é "cumprir a proibição legal do turismo estadunidense em Cuba e garantir seu cumprimento por meio de auditorias periódicas e da obrigatoriedade de manter registros de todas as transações relacionadas a viagens por pelo menos cinco anos".

O texto reforça que Washington "apoia o embargo econômico contra Cuba e se opõe aos apelos nas Nações Unidas e em outros fóruns internacionais por seu fim".

Trump anunciou ainda que sua gestão vai encerrar a chamada política de "Pés Secos, Pés Molhados", adotada por governos anteriores, com o objetivo de desencorajar a migração ilegal e arriscada.