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Apple Music restabelece parcialmente perfis de artistas russos sancionados pela UE

Faixas de músicos como Shaman e Polina Gagarina seguem bloqueadas na plataforma.
Apple Music restabelece parcialmente perfis de artistas russos sancionados pela UEKristina Kormilitsyna / RIA Novosti

A Apple Music reabilitou nesta segunda-feira (30) os perfis de diversos artistas russos sancionados pela União Europeia (UE), incluindo Shaman (nome artístico de Yaroslav Dronov), Polina Gagarina, o grupo Lyube e Grigory Leps. Suas músicas, contudo, permanecem inacessíveis aos usuários, segundo informou a imprensa russa.

Além disso, outros artistas russos sancionados mantiveram-se indisponíveis no serviço de streaming.

As contas haviam sido retiradas da plataforma e também do Spotify, após Bruxelas acusar os artistas de apoiarem as forças armadas russas e se apresentarem em eventos patrióticos organizados pelo Kremlin. Nem todos os artistas sancionados tiveram suas páginas restabelecidas.

Os músicos Shaman e Gagarina foram incluídos no nono pacote de sanções do bloco europeu, em junho de 2024. Segundo a UE, Shaman "repetidamente participou de concertos organizados pelo Kremlin, incluindo o evento de aniversário da guerra", além de ter cantado "em apresentações para entreter tropas das Forças Armadas da Rússia".

Já Polina Gagarina, que conquistou o segundo lugar no Eurovision de 2015 com a música A Million Voices, foi acusada de "gerar receita significativa com shows financiados pelas autoridades russas".

Shaman, autor do sucesso Ya russkiy (Eu sou russo), foi confirmado como representante da Rússia no Intervision Song Contest de 2025. O festival, revivido por Moscou como uma alternativa ao Eurovision, será realizado em setembro, com a participação de artistas de mais de 20 países, entre eles China, Arábia Saudita, Colômbia, Sérvia e África do Sul.

  • Em 26 de junho, o governo da Austrália também anunciou sanções a 44 pessoas físicas e jurídicas ligadas à Rússia, incluindo o cantor Shaman. De acordo com as autoridades australianas, as restrições atingem 37 cidadãos e sete organizações russas.