
Trump diz ser 'terrível' o que está sendo feito com Netanyahu em Israel

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (28) que é "terrível"o que está sendo feito com o primeiro‑ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alvo de um processo judicial no país.
Em publicação na rede Truth Social, Trump saiu em defesa do premiê, a quem chamou de "Bibi", e acusou promotores israelenses de conduzirem uma "caça política" motivada por razões ideológicas.
"É terrível o que estão fazendo em Israel com Bibi Netanyahu. Ele é um herói de guerra e um primeiro‑ministro que fez um trabalho fabuloso em parceria com os Estados Unidos para alcançar grande sucesso ao eliminar a perigosa ameaça nuclear no Irã", escreveu Trump.

Segundo o presidente americano, Netanyahu está atualmente envolvido em negociações com o Hamas para a libertação de reféns, o que, de acordo com ele, torna ainda mais grave o fato de o líder israelense estar sendo forçado a comparecer diariamente ao tribunal.
"Como é possível que o primeiro‑ministro de Israel possa ser forçado a passar o dia inteiro sentado em uma sala de tribunal, por nada (charutos, boneco do Pernalonga, etc.). É uma caça política", declarou.
Trump alertou que o andamento do processo pode interferir nas negociações envolvendo o Hamas e o Irã, comprometendo a segurança de Israel e os interesses estratégicos dos Estados Unidos.
"Os Estados Unidos da América gastam bilhões de dólares por ano, muito mais do que em qualquer outro país, protegendo e apoiando Israel. Nós não vamos tolerar isso", afirmou.
Enfrenta acusações por corrupção
Benjamin Netanyahu tornou-se o primeiro primeiro-ministro na história de Israel a ser processado enquanto estava no cargo. Enfrenta três acusações relacionadas com fraude, abuso de confiança e suborno.
No entanto, seu julgamento foi adiado muitas vezes desde que começou em maio de 2020. Netanyahu solicitou adiamentos devido aos conflitos com o movimento palestino Hamas em Gaza e com o movimento xiita Hezbollah no Líbano.
O advogado de Netanyahu, Amit Hadad, comunicou na quinta-feira que o testemunho do primeiro-ministro deveria ser adiado por duas semanas devido aos "acontecimentos regionais e globais".
Isaac Herzog, o presidente de Israel, tem o poder de perdoar Netanyahu, mas a mídia israelense o citou dizendo que um perdão "não está atualmente sobre a mesa". O interrogatório de Netanyahu começou no dia 3 de junho em um tribunal de Tel Aviv e espera-se que leve cerca de um ano para ser concluído.
