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Presidenta do Parlamento sérvio acusa manifestantes de incitarem guerra civil

Manifestantes exigem novas eleições e ameaçam com "desobediência civil" se não forem atendidos.
Presidenta do Parlamento sérvio acusa manifestantes de incitarem guerra civilAP / Marko Drobnjakovic

A presidenta do Parlamento da Sérvia, Ana Brnabic, acusou, neste sábado (28), manifestantes opositores de convocarem uma guerra civil no país balcânico.

"[Os manifestantes] terminaram com um arrepiante apelo ao assassinato da Sérvia, um monstruoso e aberto apelo à guerra civil", escreveu a dirigente nas redes sociais. 

Neste momento, uma nova marcha da oposição exige a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas, atualmente previstas para 2027.

A imprensa local relata confrontos entre forças de segurança e manifestantes. Participantes teriam lançado garrafas, rojões, tochas e outros objetos contra a polícia nas ruas da capital.

Chamados à "desobediência civil"

As novas manifestações da oposição ocorrem após o governo do presidente Aleksandar Vucic recusar um ultimato emitido por grupos estudantis que pediam a dissolução do Parlamento. O epicentro dos protestos foi a praça Slavija, na região central de Belgrado. 

Os manifestantes ameaçaram anteriormente iniciar uma "desobediência civil" caso suas exigências não fossem atendidas.

As autoridades sérvias afirmam repetidamente que os protestos fazem parte de uma tentativa de promover uma "revolução colorida" com influência externa.

"A população não precisa se preocupar: o Estado será defendido e os marginais serão levados à Justiça", disse Vucic ao ser questionado sobre os protestos.

Esta nova onda de mobilizações ocorre após oito meses de distúrbios intermitentes, iniciados com o desabamento fatal de uma marquise de concreto em uma estação ferroviária na cidade de Novi Sad, em novembro de 2024.