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Irã proíbe diretor do Organismo Internacional de Energia Atômica de acessar instalações nucleares

Governo iraniano também proibiu uso de câmeras após vazamento de dados aparecer em documentos israelenses.
Irã proíbe diretor do Organismo Internacional de Energia Atômica de acessar instalações nuclearesAP / Michael Gruber

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, rejeitou o pedido do diretor do Organismo Internacional de Energia Atômica (AIEA) para visitar instalações nucleares iranianas que foram bombardeadas, confirmando a decisão do Parlamento nacional de interromper toda a cooperação com a entidade, informou a agência Tasnim neste sábado (28).

"O Parlamento do Irã votou a favor da suspensão da cooperação com a AIEA até que a segurança de nossas atividades nucleares esteja garantida", escreveu Araghchi em suas redes sociais.

"A AIEA e seu diretor-geral são plenamente responsáveis por essa situação sórdida. A insistência de Rafael Grossi em visitar os locais bombardeados sob o pretexto das salvaguardas é sem sentido e possivelmente até mal-intencionada", acrescentou.

O vice-presidente do Parlamento iraniano, Hamid Reza Haji Babaei, afirmou que a decisão também inclui a proibição do uso de câmeras de vigilância da AIEA, após a descoberta de vazamento de dados confidenciais das instalações nucleares iranianas em documentos israelenses.

Haji Babaei também acusou os Estados Unidos de liderarem uma guerra contra a nação persa, afirmando que "o cerne dessa hostilidade não são os mísseis nem o programa nuclear, mas o povo do Irã".

A lei, aprovada por unanimidade pelos 221 parlamentares presentes, determina a suspensão da cooperação até que os centros nucleares e os cientistas iranianos estejam completamente protegidos, em conformidade com a Carta das Nações Unidas e conforme decisão do Conselho Supremo de Segurança Nacional.

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