Lista 'racista e xenofóbica': Cuba critica Marco Rubio por negar vistos a atletas

O governo cubano condenou, na última sexta-feira (27), a decisão dos Estados Unidos de negar vistos aos integrantes da seleção nacional de vôlei da ilha.

Por conta da medida, a equipe feminina não participará do torneio Final Four da Confederação da América do Norte, Central e Caribe de Voleibol (Norceca, sigla em inglês), programado para acontecer em Porto Rico entre os dias 16 e 21 de julho. 

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O torneio tem caráter classificatório para os Jogos Centro-Americanos e do Caribe, marcados para ocorrer em Santo Domingo, na República Dominicana, em 2026.

Além disso, o evento concede pontos determinantes para os rankings continentais e mundiais da modalidade, o que torna a ausência da seleção cubana um fator de peso na corrida por vagas em competições futuras.

Segundo informações divulgadas por autoridades esportivas da Norceca, os vistos haviam sido solicitados com antecedência para garantir a presença da equipe cubana no torneio, mas os pedidos não foram aprovados.

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, se pronunciou sobre o assunto nas redes sociais, afirmando que a negativa de vistos "faz parte de uma lista racista e xenófoba de restrições de vistos elaborada pelo secretário de Estado, Marco Rubio".

Segundo o chanceler, com essa decisão, Washington "busca sabotar o desenvolvimento do esporte cubano, já profundamente afetado pelo bloqueio econômico e financeiro intensificado" imposto pelos EUA.

Para ele, o retorno do presidente Donald Trump à Casa Branca significou um endurecimento das políticas dos EUA em relação a Havana. Entre outras medidas, o político republicano voltou a incluir o país antilhano na lista de países que patrocinam o terrorismo, revogou os benefícios de imigração para os cubanos e impôs uma proibição quase total de viagens. 

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Na véspera, a Federação Cubana de Vôlei divulgou um comunicado na imprensa local informando que a missão diplomática dos EUA em Havana "negou ao governo cubano o direito de viajar para Porto Rico".

A entidade esportiva classificou o episódio como fruto de "uma posição injusta e discriminatória, contrária aos princípios do esporte", que se soma a outros casos semelhantes ocorridos neste ano contra delegações de diferentes modalidades.

A entidade também alertou que esse padrão de conduta, que tem se tornado recorrente, "aumenta as incertezas sobre o que poderá ocorrer no futuro com o país que sediará os Jogos Olímpicos de 2028", em Los Angeles.