Lula altera decreto e permite que governo custeie traslado de corpos do exterior em casos excepcionais

A decisão foi anunciada um dia após a morte de Juliana Marins, jovem de 26 anos que caiu de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) modificou um decreto de 2017 que impedia o governo federal de arcar com despesas para trazer ao Brasil corpos de brasileiros mortos no exterior.

A mudança, publicada no Diário Oficial da União, permite que o Ministério das Relações Exteriores cubra os custos em casos de comoção, comprovada incapacidade financeira da família ou ausência de seguro, desde que haja orçamento disponível.

A decisão foi anunciada um dia após a morte de Juliana Marins, jovem de 26 anos que caiu de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia.

O novo texto estabelece quatro exceções nas quais o governo pode custear o traslado:

A decisão sobre se o apoio será ou não concedido caberá ao chanceler brasileiro que deverá avaliar cada caso individualmente.

Na quinta-feira (26), Lula já havia sinalizado que mudaria a regra após conversar com o pai de Juliana. "Quando chegar a Brasília, vou revogar o decreto e fazer outro para que o governo assuma a responsabilidade de custear as despesas da vinda do corpo dessa jovem para o Brasil", declarou.

Em pronunciamento emocionado, o presidente afirmou: "Não existe nada pior do que um pai ou uma mãe perder um filho. (...) Eu falei para o seu Manoel: a gente vai ajudar no seu sofrimento, resgatando a sua filha e trazendo. Vamos cuidar de todos os brasileiros, estejam onde estiverem."