Israel admite que tentou assassinar o aiatolá Khamenei durante a guerra

Ministro da Defesa israelense disse que o líder supremo iraniano seria eliminado se estivesse ao alcance; Netanyahu e Trump reforçaram discurso de confronto.

O governo de Israel confirmou nesta quinta-feira (26) que tentou matar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, durante os recentes bombardeios ao território iraniano. De acordo com o ministro da Defesa, Israel Katz, a operação não avançou por falta de oportunidade, conforme publicado pelo The Times of Israel.

"Se ele estivesse na nossa mira, nós o teríamos eliminado", afirmou Katz. Ele disse que a ofensiva tinha como alvo Khamenei, mas que "não havia oportunidade operacional", sem dar detalhes sobre a ação militar.

Questionado se Israel buscou o aval de Washington para prosseguir com o plano, Katz respondeu: "Não precisamos de permissão para essas coisas".

Resposta iraniana

A declaração ocorre em meio à escalada das tensões entre Teerã e Tel Aviv. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a morte de Khamenei "não intensificaria o conflito, mas sim o encerraria".

Na mesma linha, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou anteriormente que seu país sabe onde está Khamenei e que "ele é um alvo fácil".

O líder iraniano respondeu nesta quinta com um discurso contundente: "Apesar de todo o barulho e reivindicações, o regime sionista, sob os golpes da República Islâmica, foi praticamente derrotado e esmagado".